Epistemologia e Ética em Pesquisas sobre/com Grupos Socialmente Vulneráveis, Periferias e Minorias Visíveis (DHU5023)

Créditos:8

Ativação:25/11/2019

Curso:Mestrado/Doutorado

Expiração:25/11/2024

Objetivos:
O objetivo desta disciplina é discutir parâmetros para a condução de pesquisas que se pautem pela lógica do respeito, da sustentabilidade, da ética em investigações sobre/com grupos socialmente vulneráveis, minorias visíveis e comunidades periféricas. As questões que orientarão as discussões ao longo das aulas serão: “O que deve ser considerado essencial na condução de pesquisas que focalizem os grupos vulneráveis, periféricos e as minorias visíveis? Quais parâmetros devem ser adotados para que as pesquisas assegurem o respeito aos direitos humanos, princípios éticos, não discriminatórios, não predatórios, sustentáveis e que contribuam para a transformação das sociedades em espaços não violentos e que respeitem a diversidade? Quais métodos e técnicas de pesquisas dialogam com esses pressupostos éticos? Qual teoria do conhecimento (ou teorias) devem ser formuladas ou estudadas como alicerces para esses tipos de investigações?”

Bibliografia:
ALCOFF, L. The Problem of Speaking for Others. Cultural Critique . No. 20 (Winter, 1991-1992), pp. 5-32 . DOI: 10.2307/1354221
ALCOFF, L. Uma epistemologia para a próxima revolução. Revista Sociedade e Estado, 31, 2016. https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100007
ALCOFF, L. Visible identities. Race, gender and self. New York: Oxford University Press, 2006.
ALLEN, Anita L. (2018). The new ethics: a guided tour of the 21st century moral landscape
BONILLA-SILVA, Eduardo & Zuberi, Tukufu. White logic, White methods. Racism and methodology. Rowman & Littefield Publishers, Inc. Maryland, 2008
CARNEIRO, Sueli. Escritos de uma Vida. Belo Horizonte: Letramento; 2018
CASTRO-GÓMEZ, Santiago & GROSFOGUEL, Ramon (coords.) El giro decolonial: reflexiones para uma diversidad epistêmica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre, Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos, Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2007
CASTRO-GÓMEZ, Santiago, La hybris del punto cero : ciencia, raza e ilustración en la Nueva Granada (1750-1816), 1a ed. — Bogotá : Editorial Pontificia Universidad Javeriana, 2005.
COLLINS, Patricia Hill (2009). Black feminist thought: knowledge, consciousness, and the politics of empowerment. New York: Routledge.
COLLINS, Patricia Hill. Intersectionality as Critical Social Theory. Durham, Carolina do Norte: Duke University Press, 2019
DUSSEL, Enrique. Ética da Libertação – Na idade de globalização e da exclusão (2002). Petrópolis: Vozes. 2a edição.
FANON, F. Pele Negra. Máscaras Brancas. Rio da Janeiro: Fator, 1983.
GIULIANO, F. (Comp.) (2018). ¿Podemos pensar los no-europeos? Ética decolonial y geopolítica del conocer. Buenos Aires: Ediciones del Sign
GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afrolatinoamericano. Revista Isis Internacional, v. 9, p. 133-141, 1988.
HALL, Stuart. The West and the Rest: Discourse and Power”, in Stuart Hall and Bram Gieben, eds. Formations of Modernity. Understanding Modern Societies an Introduction. Open University/Polity Press, 1992, pp. 275-331.
HEKMAN, Susan(Winter 1997). “Truth and method: feminist standpoint theory revisited”. Signs: Journal of Women in Culture and Society. 22 (2): 341–365. doi:10.1086/495159. JSTOR 3175275.
HOLANDA, Heloisa Buarque (org). Pensamento Feminista: Conceitos fundamentais, Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019
hooks, bell. Intelectuais negras. Revista de Estudos Feministas, v. 3, n. 2, p. 464-478, 1995.
LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clasco, 2005.
LEE, Emily. Living Alterities. New York: State University of New York, 2014.
LIMA COSTA, Claudia de. Feminismos descoloniais para além do humano. Estudos Feministas, v. 22, n. 3, p. 929-934, 2014 <10.1590/S0104-026X2014000300012>.
LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 935-952, set. 2014. ISSN 1806-9584. doi:https://doi.org/10.1590/%x.
MBEMBE, Achille. (2018). Necropolítica. São Paulo, sp: n-1 edições
MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Lisboa: Antigona, 2014.
MIGNOLO, Walter “Colonial and postcolonial discourse: cultural critique or academic colonialism?”. Latin America Research Review, 28 (3): 120-134, 1993.
MIGNOLO, Walter. “The geopolitics of knowledge and the colonial difference”. The South Atlantic Quarterly, v. 101, n. 1, 2003, pp. 57-95.
MILLS, Charles. The racial contract. New York, Cornell University Press, 1999.
MOREIRA, Adilson José. Pensando como um negro. Ensaio de hermenêutica jurídica. São Paulo: Contracorrente, 2019
QUIJANO, A Dom Quixote e os moinhos de vento na América Latina. Estudos Avançados, 19(55), 9–31, 2005. https://doi.org/10.1590/S0103-40142005000300002
SANTOS, Gislene Aparecida dos. A invenção do ser negro. São Paulo-Rio de Janeiro: EDUC/PALLAS/FAPESP, 2002a.
SANTOS, Gislene Aparecida dos. Raça e Gênero: contribuições para pesquisas nas ciências sociais e jurídicas. DOI: http://dx.doi.org/10.15210/interfaces.v18i3.14540
SAPERSTEIN, A., & PENNER, A. M. Racial Fluidity and Inequality in the United States. American Journal of Sociology, 118(3), 676–727. 2012. https://doi.org/10.1086/667722
SHUE, Henry. Ethical Dimensions of Public Policy. In: MORAN,Michael (ed.). The Oxford Handbook of Public Policy. Oxford: Oxford University Press, 2008.
SPIVAK, Gayatri C. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: EditoraUFMG, 2010
WANE, Njoki. “Mapping the field of Indigenous knowledges in anti-colonial discourse: a transformative journey in education”, Race Ethnicity and Education, 11:2, 183-197, 2008.
WANE, Njoki & Massaquoi, Notisha (ed.) Theorizing empowerment. Canadian Perspectives on Black Feminist Thought. Toronto: Inanna Publication and Education Inc., 2007

Ministrantes

Escola de Artes Ciências e Humanidades