Interdisciplinariedade e Direito (DFD5884)

Créditos:8

Ativação:16/05/2018

Curso:Mestrado/Doutorado

Expiração:16/05/2023

Objetivos:
A disciplina objetiva apresentar um panorama da interdisciplinaridade como a mais recente tendência da Teoria do Conhecimento. Para atingir essa finalidade apresentará o pensamento de Gusdorf, Japiassu, Fazenda, Kuhn, entre outros. Este último, famoso físico teórico, destaca a importância dos momentos de desintegração daquilo que é convencional em determinado ramo do saber. Preconiza o alargamento do conceito de Razão em face das revoluções do pensamento científico.
Em seguida, oferecerá aos alunos uma visão dos aspectos psicológicos da prestação jurisdicional, com base na Psicologia Analítica de Jung e seguidores, com vista a propiciar uma reflexão a respeito de algumas categorias básicas do Direito, como a decisão judicial. Enfocará, também, como base teórica fundamental alguns itens da Filosofia de Nietzsche, autor alemão de relevância no pensamento ocidental do século XX, por ter trazido, ao lado da crítica ao racionalismo, novos conceitos de grande repercussão, na obra de importantes teóricos da Psicologia do Inconsciente, como o próprio Freud.

Bibliografia:

DAMÁSIO, Antônio. O erro de Descartes. São Paulo, Companhia da Letras, 1996.
DUALDE, Joaquim. Una revolucíon en la lógica del Derecho. Barcelona, Bosch, 1933.
ESPÍRITO SANTO, Ruy César. O autoconhecimento em sala de aula, Ética, valores humanos e transformação, São Paulo, Fundação Petrópolis, 1998.
GUSDORF, Georges. Projet de recherche interdisciplinaire dans les sciences humaines . “In Les sciences de l’ homme sont des sciences humaines?” Univ. de Strasbourg, 1967.
––––––– prefácio, in Japiassu HILTON. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro, Imago, 1976.
FARIA, José Eduardo. O Poder Judiciário no Brasil: paradoxos, desafios e alternativas. Brasília, Conselho de Justiça Federal, 1996.
FAZENDA, Ivani. Interdisciplinaridade, história, teoria e pesquisa. São Paulo, Papirus, 1995.
FIGUEIREDO, Luís Cláudio. A invenção do psicológico, quatro séculos de subjetivação 1500-1900. São Paulo, Escuta, 1994.
FREUD, Sigmund. Cinco lições de Psicanálise. Rio de Janeiro, Imago, 1988 (Obras completas, vol.XVI)
JAPIASSU, Hilton. As paixões da ciência. São Paulo, Letras&Letras, 1991.
–––––––– Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro, Imago, 1976.
JUNG, Carl Gustav. O homem e seus símbolos. São Paulo, Nova Fronteira, s/d, 2a edição.
LOPES, José Reinaldo de Lima. Justiça e Poder Judiciário ou a virtude confronta a instituição. In Revista da Universidade de São Paulo (março, abril, maio), nº 21, p.33, 1994.
MASI, Domenico. A emoção e a regra: os grupos criativos na Europa de 1850 a 1950. José Olympio, Rio de Janeiro, l996.
NIETZSCHE, Friedrich. O crepúsculo dos ídolos ou Como se filosofa com o martelo, São Paulo, Companhia das Letras, 2014.
–––––––––––––––––––– O nascimento da tragédia, São Paulo, Companhia das Letras, 2007
–––––––––––––––––– Genealogia da Moral, São Paulo, Companhia das Letras, 2009
NEUMANN, Erich. História da Origem da consciência. São Paulo, Cultrix, 1995.
PERELMAN, Chaim. À propos de La Règle de Droit-Réflexions de Méthode. In La règle de droit. Bruxelles, Établissements Émile Bruylant, 1971.
PRADO, Lidia Reis Almeida. A lógica do razoável na teoria da interpretação do Direito, in Justiça e Democracia, São Paulo, R.T. 1996
––––––––––––––––––––––. O juiz e a emoção (aspectos da lógica da decisão judicial), São Paulo, LTr, 2013.
REALE Miguel. Filosofia do Direito. São Paulo, Saraiva, 1983.
“A ética do juiz na cultura contemporânea”. In Revista Forense, Rio de Janeiro, Forense, jan/março 1994.
ROUANET, Sérgio Paulo. A razão cativa. São Paulo, Brasiliense, 1990.
SOUZA, Luiz Sérgio Fernandes. Globalização e direitos humanos: em busca da racionalidade perdida. In Revista dos Tribunais, R.T., 1998.
VERNANT, Jean Pierre. Mito e pensamento entre os gregos. Rio de Janeiro, Paz e Terra, l990.
—————. A Morte nos olhos, figuração do Outro na Grécia antiga. Rio de Janeiro, Jorge Zahar l99O.
VIEHWEG Theodor. Tópica e Jurisprudência. Brasília, Departamento de Imprensa Nacional, 1979.

Ministrantes